segunda-feira, 25 de maio de 2009

Anjos da Guarda


Anjos da guarda

O conceito humano de espírito guardião provavelmente é tão antigo quanto a própria raça humana.
Na antiga Mesopotâmia, as pessoas acreditavam ter deuses pessoais, chamados massar sulmi ( "O guardião da saúde humana ").
Os zoroastristas chamavam esses espíritos protetores de fravashis.
Os gregos acreditavam que um espírito familiar chamado daemon era atribuído a cada pessoa no seu nascimento e guiava essa pessoa durante toda a vida.
Os japoneses também tinham um espírito guia, um kami, e os romanos pré-cristãos acreditavam que cada homem tinha um genius e cada mulher um juno.
Na tradição teutônica um espírito guia é atribuído a cada indivíduo ao nascer e permanece à sua ordem por toda a vida.
Uma interessante curiosidade folclórica é mantida pelos armênios, que afirmam que um anjo de guarda infantil corta as unhas do bebê e coloca um sorriso em seus lábios quando eles brincam juntos. O espírito retorna ao céu quando a criança se torna maior.
O antigo teólogo cristão Orígenes ( aprox. 235 d.C.) sustentava a teoria de que cada pessoa tinha um anjo bom para guiá-la e um anjo mau para tentá-la durante toda a sua vida. Essa idéia também estava presente na tradição judaica e na literatura romana.
Embora os teólogos influentes do século VI, Pseudo Dionísio e Papa Gregório, o Grande, nunca terem mencionado anjos da guarda pessoais em seus escritos sobre angelologia, a crença em tais guardiães era amplamente difundida durante a Idade Média.
O filósofo religioso do século XIII, São Tomás de Aquino, ensinava que o indivíduo possuía um anjo da guarda à sua disposição durante toda a vida.
O escritor puritano Increase Mather (1639-1723), em Angelographia, afirma: "Tanto os anjos bons quanto os maus possuem uma influência neste mundo maior do que o homem geralmente tem consciência. Devemos admirar a graça de DEUS sobre nós, criaturas pecaminosas, em que Ele designou Seus Santos Anjos para nos guardar dos danos causados pelos espíritos malígnos, que estão sempre desejando a nossa dor, tanto para nossos corpos quanto para nossas almas ".
Em Êxodo 23:20, quando Deus diz a Moisés:"Eis que enviarei um anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado. Guarda-te diante dele e ouve a sua voz".Segundo Michael Grosso, o Anjo da Guarda é um imago dei - " uma imagem ou forma do poder divino" - e que Cristo é a única forma do poder de Deus.
Escrevendo sobre a última fase do Opus Sanctorum Angelorum (trabalho dos Santos Anjos, um recente movimento da Igreja católica que é dedicado aos Anjos), Grosso diz: "todos os seres humanos, santos ou pecadores, cristãos ou pagãos, gozam da existência de um anjo da guarda.
O conceito é basicamente arquetípico: ele se aplica universalmente à psique. O anjo da guarda é retratado como existindo "face a face com Deus... Em suma, existe em cada ser humano uma abertura às mais altas energias criativas do espírito"
Curiosidade: Anjos da Guarda, um conhecido poema infantil do século XIX diz: "Quatro anjos em minha cama, quatro anjos em minha cabeça. Um para zelar, um para orar e dois para a minha alma levar".
Fonte: Grosso,Michael. "The Cult of the Guardian Angel". Em Angels and Mortals: Their Co-Creative Power. Compilado por Maria Parisen. Wheaton, III : Quest Books, 1990.
Enciclopédia Dos Anjos - James R. Lewis, Evelyn Dorothy Oliver - Makron Books.

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